quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

RESPIRAÇÃO ORAL


17FEVEREIRO2016 - Dia Mundial da Motricidade Orofacial

«A criação do “DIA MUNDIAL DA MOTRICIDADE OROFACIAL” é um sinônimo do crescimento, ímpeto, amor e dedicação de todos os profissionais envolvidos no estudo das Funções Orofaciais. Procura, igualmente, conscientizar a população em geral sobre os cuidados que se deve ter para evitar alterações nessas funções. 

A divulgação deste dia, permitirá, também, conscientizar outros profissionais sobre o trabalho realizado na área da MO, contribuindo assim para o desenvolvimento de redes científicas, acadêmicas e clínicas. Para cada ano haverá um objetivo específico de divulgação e um slogan particular. 

No primeiro ano (2016) pretende-se realçar a importância da respiração nasal. O slogan do primeiro ano será Respirar: já parou para pensar?”. Assim, é esperado que todos os especialistas em MO se unam a esta grande cruzada mundial, que já é realizada pelas diferentes especialidades médicas, com a finalidade de prevenir e minimizar os problemas respiratórios (respiração oronasal, apneia obstrutiva do sono, dentre outras) que afetam milhões de pessoas em todo o mundo. 

A MO, em 2016, terá novos desafios, e o sucesso do “DIA MUNDIAL DA MOTRICIDADE OROFACIAL” dependerá de todos os que compreendem a importância do trabalho desenvolvido nessa especialidade. Este é um pequeno passo para a consolidação do trabalho ao qual muitos se dedicam dia após dia, porém, ainda existem grandes desafios pela frente. Somente “Unidos pela MO” conseguiremos fazer crescer, divulgar e demonstrar a grande importância dessa especialidade. »
 
Franklin Susanibar
Irene Marchesan
Ricardo santos

Rev. CEFAC. 2015 Set-Out; 17(5):1379-1742




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RESPIRAÇÃO ORAL

A respiração oral não deve ser considerada uma adaptação fisiologica mas sim patológica, pois pode desencadear uma serie de perturbações para o individuo.
A respiração oral gera uma série de alterações locais e sistémicas que podem comprometer a qualidade de vida do individuo, além de influenciar o crescimento e desenvolvimento craniofacial.
A passagem para a respiração oral como alternativa à obstrução nasal instalada faz com que ocorra progressivamente alterações na ventilação pulmunar, nalguns casos mesmo pode haver uma diminuição da complacencia pulmunar.
A respiração oral é um fator de desestabilização das vias aereas superiores durante o sono, a apneia do sono é bastante comum, principalmente nas crianças.
As crianças apresentam  frequentemente roncos e em casos mais graves chegam a ter apneias obstrutivas.
A apneia do sono na criança deve ser investigada e o seu diagnóstico é feito através da história clínica e exames complementares.
O respirador oral apresenta sono bastante desconfortável em função das dificuldades respiratórias, apresentando um quadro sintomatológico característico.

SINAIS E CARACTERÍSTICAS DAS CRIANÇAS COM APNEIA DO SONO

- NOTURNOS: apneia, ronco, acordar frequentemente, pesadelos, enurese noturna
- DIURNOS: respiração oral, hipersonolência, baixo desempenho escolar, comportamento agressivo, hiperatividade, défice de atenção, cefaleia matinal, infeção das vias aereas, rinorreia crónica, disturbios da deglutição

TERAPIA DO RESPIRADOR ORA

A intervenção do terapeuta da fala no respirador oral deve ser realizada após diagnóstico médico e muitas vezes após diagnóstico ortodontico.
O objetivo principal da terapia ao nível da respiração é fazer com que o individuo perceba que tem condições para a respiração nasal.
O inicio da terapia dá-se através de um processo de conscientização da problemática. Fazer com que o individuo tenha consciência e conhecimento sobre o que acontece com ele a nível respiratório.
A outra palavra que faz parte do processo de intervenção é a proprioceção, ou seja, perceber a diferença entre respirar pela boca e respirar pelo nariz.
Depois da condição de aeração nasal, introduzir exercícios para a musculatura da lingua, pois a lingua está sempre com uma postura inadequada quando respiramos pela boca.

Ana Marques
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Bibliografia

Krakaner L., Francisco, R. Marchesan, I. 2003 «Respiração oral» Pulso editorial. São Paulo.